quarta-feira, 23 de junho de 2010


Não Sou um bicho de sete cabeças
Não sou o Domador de Leões
Não sou a Desconhecido Temido
Não sou alienador de multidões

Não sou demais
Nem sou de menos
Não sou aquilo que ofende - Destrói

Não sou a raposa mágica
Não sou o Pajé Mistérioso
Não sou da Cidade - nem quero ser
Não sou da Aldeia - Mas queria ser

Me perdí em trilhas que não andei
E subí na árvore mais alta dalí
A vista Alta, Alcance Longo Captei
É pra não ser preguiçoso que Nascí

Não sou do Mal
Não sou do Lado mais Rico
Não sou seu inimigo
Não sou dançarino de break

Não sou de lugar algum
Que não seja Belém
Não sou menino de prédio
Nem sou de pouco espaço

Sou uma cor
Que ainda vou descobrir

Sou o pormenor
Que ainda não compreendí

Quando o Sol acorda de manhã
Me chama com seus raios brandos
Num toque suave e voz iluminada
Desperto de Sonhos pouco lembrados

Desperto no mundo que é a cidade
Mas tenho um céu grande instalado acima de minha casa

Um dia acordei Índio - Diziam!
Verdadeiramente gostaria que fosse
Mas é apenas uma idéia, uma vontade
Ornar, enfeitar, colorir o corpo

Faço isso pelo respeito
Pelo meu respeito de aceitar
Qualquer pessoa, seja como for
Aceito para ser Aceito
.......................... - Do jeito que sou.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tempos de Escrita


Quando escrevo desconheço o tempo, o acaso, o silêncio. Ignoro a falta de pensamentos, busco o horizonte das letras e desmistifico a linha de compreensão.
Quando escrevo Orno idéias, multiplico células literárias, crio o genoma histórico da minha caneta.
Nos sublimes momentos que deixo surgir frases, fulgurantes Anéis de Saturno aparecem como imagens descritíveis.
Sabedoria não possuo em grandeza monumental, contudo, acredito no Bem-Caminhar dos que observam com Calma e Confiança nos Olhos. Pessoas sinceras emanam essa vibração em seu silêncio, transmitem palavras edificantes, usam tudo o que sabem, afirmam que desconhecem o que ainda não sabem.
Escrever é atividade consciente. Pode até ser Intuitiva! Levada pelo impulso repentino de que algo sairá da ponta riscante.
Gosto de escrever para crescer e me expandir!
No silêncio sou a palavra que emana Luz, e quando escrevo percebo minhas limitações. Há tempos que abandonei o “Static-mind”, pois me deixava duvidoso e confuso.
Neste momento, quando escrever, farei Juz ao que aprendí na caminhada, usando as palavras ditas por quem veio antes de mim, sentindo o valor delas passar no véu consciente da atividade criativa.
No fim, escreverei os últimos símbolos representativos de quem ví e conhecí. Quem sabe assim, no futuro, descobrirão meu passado e os passos que eu dei!?
Sou do mato, caboco mesmo. Meus espírito nato, nativo, ativo, gosta de açaí com peixe. Sou do rio, da floresta, do Brasil. Índio sem aldeia.

domingo, 6 de junho de 2010


Quando Souber Libertar Minha Alma



Aspirante á ser encantado, movido pela esperança e pela intuição, Desperto no calabouço escuro do inconsciente, deitado sobre um solo arenoso, quente e cheio de pedrinhas.

Cajueiros da memória, da história, Cajueiros das Idéias, com frutos cítricos e amarelados, maduros nas pontas dos galhos. Sendado em algum ponto, imaginando e pensando, levando em frente o raciocínio, encontro o fio:

Quando souber libertar minha alma perceberei que posso ser um farol, que lança longe no mar, o sentimento de orientação, para que outro vejam e não destruam-se nas pedras de seus sentimentos contraditórios, de seus impulsos destrutivos e do sono que o escurecer da noite traz.

Quandou souber libertar minha alma viverêi com um olhar sereno, uma fala mansa, e uma determinação aguda, pontiaguda, que perfura toda preguiça e má vontade.

Quando souber libertar minha alma amarei cada átomo e cada atrium de distância entre um e outro, cada formação que formarem, cada ser que estabelecem, e ouvirei-os, ouvirei-os para compreendê-los e também fazer parte deles.

Quando souber libertar minha alma eu serei apenas uma linha perto do que há para ler, do que há para escrever, do que há aí e me faz sentir que não sou nem mais uma linha, sou uma palavra, uma letra, um signo, sibologia compartilhada e única, mas igual à todas, por fora, microdiferenças por dentro.

Quando souber libertar minha alma o infinito duplicará e mais palavras surgirão, fazendo as outras, que não tenham bons sentimentos sendo carregados consigo, transformem-se em palavras de bom agrado, edificantes e de cura.

ví um passaro me olhando, tinha olhos cor de âmbar, quandi moveu a cabeça, o fio passou em seus olhos então eu ví que ele também era o fio, assim como eu. Saltei e voei para um galho da castanheira, onde dormí.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O circulo é sagrado. O sagrado é cíclico, gira em torno de sí, em relação à tudo. Um rodamoinho energético que pode-se iniciar em dois lugares ao mesmo tempo. Dentro e Fora. Internaliza e Exterioriza. Reformula, cria, dá vasão. É o formato do Amor, é a vibração da alma, do pensamento silencioso. Dentro de cada um de nós existe sagrados cíclos circulares. Formamos uma Teia, onde todos somos o centro. O centro de centros. Tudo é o centro, nada é centralizado. Todos nós somos. Circulamos dentro de um planeta ao redor de uma estrela que caminha elípticamente na Via Láctea. Uma Galáxia Expiral. A maior Mandala que existe. (Tohany)
Um ser da floresta.
Do alto das árvores.
Do fogo brilhante.
Da Luz que resguarda.
O boto, uma lenda,
um senhor de ventos calmos.

Entre o bosque e a praia
Uma tartaruga caminhante.
Eis que o sol bate no meu rosto.

Nesta terra de gigantes
Montanhas, Núvens, Árvores,
Seres Divinos,
Sou mais um que fulgura
o Som
De passos anciosos
em busca de paz.

A virtude está sendo aprendida.
Empreendida nos flancos.
Na batalha
tenho a espada que Resplandece,
E sobre a colina
o Silêncio da Oração.