domingo, 6 de junho de 2010


Quando Souber Libertar Minha Alma



Aspirante á ser encantado, movido pela esperança e pela intuição, Desperto no calabouço escuro do inconsciente, deitado sobre um solo arenoso, quente e cheio de pedrinhas.

Cajueiros da memória, da história, Cajueiros das Idéias, com frutos cítricos e amarelados, maduros nas pontas dos galhos. Sendado em algum ponto, imaginando e pensando, levando em frente o raciocínio, encontro o fio:

Quando souber libertar minha alma perceberei que posso ser um farol, que lança longe no mar, o sentimento de orientação, para que outro vejam e não destruam-se nas pedras de seus sentimentos contraditórios, de seus impulsos destrutivos e do sono que o escurecer da noite traz.

Quandou souber libertar minha alma viverêi com um olhar sereno, uma fala mansa, e uma determinação aguda, pontiaguda, que perfura toda preguiça e má vontade.

Quando souber libertar minha alma amarei cada átomo e cada atrium de distância entre um e outro, cada formação que formarem, cada ser que estabelecem, e ouvirei-os, ouvirei-os para compreendê-los e também fazer parte deles.

Quando souber libertar minha alma eu serei apenas uma linha perto do que há para ler, do que há para escrever, do que há aí e me faz sentir que não sou nem mais uma linha, sou uma palavra, uma letra, um signo, sibologia compartilhada e única, mas igual à todas, por fora, microdiferenças por dentro.

Quando souber libertar minha alma o infinito duplicará e mais palavras surgirão, fazendo as outras, que não tenham bons sentimentos sendo carregados consigo, transformem-se em palavras de bom agrado, edificantes e de cura.

ví um passaro me olhando, tinha olhos cor de âmbar, quandi moveu a cabeça, o fio passou em seus olhos então eu ví que ele também era o fio, assim como eu. Saltei e voei para um galho da castanheira, onde dormí.

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